Resenha: Caldeirão de Bruxa - Cida dos Santos.

26 novembro 2014



Título: Caldeirão de Bruxa.
Autora: Cida dos Santos.
Editora: Arwen / Gion.
Páginas: 114
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"Caldeirão de Bruxa" é o segundo livro que leio da Cida dos Santos, mesma autora de Esmeralda. O livro é curto e veio em um box lindo enviado pela editora, que eu já mostrei aqui no blog para vocês. Apesar de ter sido enviado pela Editora Arwen, ele foi publicado pela Gion Editora e Publicidade, talvez por isso a diagramação deste exemplar seja bem mais simples que Esmeralda.

Não há muito o que falar sobre um livro de poemas. O que posso dizer - e que é preciso ser dito - é que Cida dos Santos, a autora, é muito talentosa. Depois que o lemos, é quase se conhecêssemos a autora pessoalmente, pois ela está presente ali.


 Box enviado pela editora.


Depois de ler Esmeralda (leia a resenha aqui), resolvi ler "Caldeirão de Bruxa" de uma forma diferente. Assim, li dois ou três poemas por dia, de forma aleatória. Era só deixar uma folha de caderno junto ao livro e ir anotando os números das páginas dos poemas que eu havia lido. E admito que foi muito melhor assim, pude aproveitar melhor os poemas, que são bonitos e tocantes. Às vezes, eu esquecia que a intenção era ler no máximo três poemas por dia e acabava lendo cinco ou seis. 

Algo que me chamou atenção neste livro é a relação "diferente" que a autora estabelece com Deus em alguns de seus poemas. Assim como ela O ama, ela tem um quê de questionamento quanto a Ele.

Ti procuro Deus,
Na criança crescendo,
No adolescente se drogando,
Nas chagas do enfermo,
No amor que me oferecem.
[...]
Ti procuro Deus,
Com tanto amor.

Podemos sentir nos poemas da autora, misturado ao sentimentalismo, um espiritualismo único. Cida não apenas escreve o livro, como ela é o livro. E quando você percebe isso, os poemas fazem muito mais sentido.

Vou colocar alguns trechos aqui, aproveitem:


Uma grande amiga
Me vê como uma árvore
Sem vida.
Grande árvore, se equilibrando
Em meio a vendavais
[...]
Aí então... chegam os amigos
Que venderam, em vida,
Tudo o que desta árvore,
Sonharam ter.

_

Agora deixo meu barco
Seguir a esmo,
Já não sinto medo
De me ver
No meio do temporal.

_

É só o deixar-se amar,
Amor que se cultiva.
Sempre vale a pena:
É o crescer, é o criar,
É o fazer-se amar.


Aos amantes de poemas, leiam Caldeirão de Bruxa. Beijos <3

2 comentários:

  1. Eu não conheço a autora, mas os trechos dos poema me conquistaram, realmente são tocante imagine o restante!.Beijos
    http://sonhoseaventurasdeamor.blogspot.com/

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  2. Adorei a resenha :D

    Adorei o seu blog e já estou a seguir :)

    beijos,
    Daniela RC
    http://ddocesonhadora.blogspot.pt/

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