Título: Em defesa
de Jacob
Autor: William
Landay
Editora: Record
Lançamento: 2012
Nota: 3,5/5 estrelas
Jacob Barber é um garoto comum. Mas, sob a aparente normalidade, pode se esconder um assassino. Aos 14 anos, ele é acusado de matar Ben Rifkin, seu colega de escola. Por uma cruel ironia do destino, à frente do caso está o pai de Jacob, Andy Barber, promotor veterano e respeitado de uma cidade de Massachusetts, que é imediatamente afastado da investigação. Ele acreditava ter uma família perfeita e tudo isso põe por terra a fachada de normalidade de sua vida. Seu desafio torna-se descobrir se Jacob é inocente, ao mesmo tempo em que precisa encarar segredos do passado e tentar preservar seu casamento em crise.
O menino jura ser inocente, e Andy, para quem a investigação se transforma em uma prova de amor, acredita nele. Afinal, ele é seu pai. Porém, numerosos fatos e acontecimentos vêm à tona ao longo da investigação, revelando o quão pouco os pais às vezes sabem sobre os filhos. Paralelamente, o casamento de Andy começa a desmoronar, e ele é levado a outro julgamento, no qual é ao mesmo tempo juiz e réu – uma disputa interna entre lealdade e justiça, verdade e alegação, um passado que ele tenta enterrar e um futuro que parece cada vez mais indefinido.
Olá pessoas!
Trago hoje a resenha de um livro que me agradou pelo enredo,
mas que a escrita me fez arrastar a leitura.
Já comentei antes aqui que sou uma monstrinha devoradora de livros, e tendo a ler uma obra que me
agrada em poucas horas. Esse não foi
o caso desse livro: pelo contrário, cheguei a pensar em abandonar a leitura no
início.
Vejam bem, eu escolhi essa leitura pelo tema jurídico
embutido: todo o negócio de acusação, julgamento e tudo mais. O problema é que
o autor é descritivo ao extremo;
detalha cada pedacinho de um cômodo em que seu personagem entra, cada mínimo
cantinho. Isso irrita! Até entendo a descrição das cortes e do sistema judicial
americano, afinal, nem todos os leitores são aficionados em séries televisivas
que tratam do assunto (assisto há mais de uma década todas que são lançadas).
Então, pra mim, pode ter sido muita descrição, mas pra outro leitor, o
suficiente para se situar. Só que o excesso de descrição também está em outros
detalhes que, francamente, se fosse enxugados tornaria a leitura muito melhor.
Mas tem coisas boas: as reflexões que o autor faz sobre o
sistema judicial americano são excelentes; são debates que, se você conhece um
pouquinho do Direito brasileiro, vai perceber que também ocorrem por aqui.
A enorme mentira do sistema de justiça criminal – que podemos determinar confiavelmente a verdade, que podemos saber “além de qualquer dúvida racional” quem é culpado e quem não é – é construída nessa admissão colossal: depois de cerca de mil anos de refinamento do processo, juízes e advogados não são mais capazes de dizer o que é verdadeiro do que uma dúzia de toupeiras selecionadas aleatoriamente nas ruas.
Mas vamos lá. Deixando isso de lado, depois que o enredo deu
uma alavancada, eu realmente fiquei com vontade de saber o final. Nesse ponto,
o autor trabalhou bem: tanto quanto o Andy, pai de Jacob, nós não conseguimos
saber se o filho é ou não inocente. Passamos a leitura inteira mudando de
opinião na medida em que novos fatos são descobertos, apesar de a convicção de
Andy nunca mudar: ele acredita até o final que seu filho é inocente.
E o final... Nossa, nada do que eu esperava! Aliás, quando
achamos que chegou ao final, ainda tem mais revelações... Tipo, o livro começa
com o Andy sendo interrogado em um banco de testemunhas, e esse é mais um dos
mistérios: pelo quê ele está sendo interrogado? E quando descobrimos essa
resposta... Nossa, minha reação foi algo como “calma aí! Como assim???”.
Enfim, esse é um livro que, apesar de começar meio chatinho,
com muita descrição desnecessária (que acompanha até o final), depois dá uma
boa guinada. No entanto, não o aconselho para quem curte leituras mais leves,
justamente porque os debates que ele traz pode fazer o leitor achar o livro
chato – a menos que curta o tema.
Até logo! o/
Izandra.
É vc tem razão livros com detalhes demais chateia! é tão bom ver resenhas boas que falam a verdade! Obrigada! \o/
ResponderExcluirwww.byanak.com.br
Olha sua resenha me chamou bastante atenção.
ResponderExcluirEu também não gosto de livros que faz descrição demais, porque isso acaba até cansando com o passar das páginas, mas o livro em si, pelo que vc contou sobre a história me pareceu bem interessante, mas não sei se seria o meu gênero. Acho que o único jeito de saber é lendo também pra ver. Mas curti tudo que vc falou do livro. Ainda não o conhecia. Mas fiquei assim curiosa com tudo que acontece =]
Olha sua escrita é ótima. Adorei o seu ponto de vista também.
Parabéns linda e continue assim
lovereadmybooks.blogspot.com.br
Tenho esse livro a quase dois anos e ainda não tive o ânimo de começar a leitura. Mas, quem sabe em 2015 isso não mude.
ResponderExcluirBjim!
Livreando
Olá minha querida.
ResponderExcluirEstava passado nos blogs para ver as novidades, mas vi que vc ainda nào postou coisa nova. Quando postar me chama que adoraria ver e não deixa de passar no meu que tem resenha nova.
lovereadmybooks.blogspot.com.br
Esse livro parece ótimo, e amo grandes descrições (o próprio George faz isso, o que é bom, podemos nos situar muto bem no lugar). Quero muito aprender mais sobre o sistema político americano, e o enredo me deixou louca ♥ Sua resenha está perfeita, como sempre.
ResponderExcluirThe Lord of Thrones
a galera record e uma das minhas editora preferidas com temas mais que lindos,
ResponderExcluirame a resenha. <3
http://livro-azul.blogspot.com.br/
Eu gosto de descrições detalhadas, porém as vezes torna a leitura cansativa né?
ResponderExcluirMesmo assim, o enrendo chamou minha atenção!! Gostei das sua resenha, bjs
sckittyworld.blogspot.com
descrições detalhadas são ótimas, mas tudo em excesso faz mal. eu até curti o livro por ele ter toda essa coisa que acho demais - mistérios, interrogatórios. mas enfim, todo o resto me chamou atenção.
ResponderExcluirbela resenha :)
gabryel fellipe
oiiii. Adorei a premissa do livro e fiquei muito curiosa. Mas confesso que não tenho muita paciência para essas longas descrições. Descrições extensas de personagens e locais me irritam muito. mas a ideia é muito interessante. =D
ResponderExcluirBeijooooss
http://profissao-escritor.blogspot.com.br/
Oi!
ResponderExcluirMuitas vezes por mais bom que o enredo seja, se a escrita for arrastada, o livro não flui.
Isso é muito chato.
Eu achei o livro interessante, mas não sei se daria uma chance por agora.
Beijos
Construindo Estante || Facebook
Essa coisa de descrições muito longas fazem a leitura ser meio arrastada mesmo, já passei por isso com alguns livros.
ResponderExcluirA história desse parece ser legal. Recentemente li um livro que também envolvia tribunais, e acho super interessante, ainda mais quando tem qualidade técnica, o que parece ser o caso desse também.
Por enquanto não vou por ele como prioridade de leitura, vou anotar a dica aqui! :D
Beijos, Fer.
http://viciosemtres.blogspot.com.br/
Oiee
ResponderExcluirLivros que descrevem cada lugar são um saco não teria paciência para ler esse livro sinceramente kkkk
Beijos
www.livrosechocolatequente.com.br