Resenha: Orgulho e Preconceito - Jane Austen.

13 setembro 2017

Orgulho e Preconceito

Autora: Jane Austen 
Páginas: 399. 
Editora: Giz Editorial
Livro cedido pela editora para resenha. 

Segunda obra publicada de Jane Austen, Orgulho e Preconceito foi terminado em 1797, quando a escritora ainda não tinha completado 21 anos. Foi lançado em 1813, e seguiu o sucesso de seu primeiro livro, Razão e Sensibilidade.
Em Orgulho e Preconceito, Elizabeth Bennet, segunda de 5 filhas de um proprietário rural na cidade fictícia de Meryton, lida com os problemas relacionados à educação, cultura, moral e casamento na sociedade aristocrática do início do século XIX, na Inglaterra. Como em toda a obra de Austen, o texto utiliza de uma fina ironia para retratar e criticar a hipocrisia moral da virada dos séculos XVIII e XIX.

Oi, gente. Tudo bem?
Orgulho e Preconceito é um clássico lindo de mais! Sabe aquele livro que te traz emoções fortes e aquece seu coração? Orgulho e Preconceito!

Nossa protagonista é Elizabeth Bennet, ou Lizzy, ou ainda Eliza, que vive no interior da Inglaterra com seus pais e quatro irmãs, Jane, mais velha, Mary, Catherine (Kitty) e Lydia, mais novas. A história é ambientada no século XIX em uma propriedade rural que traz algum dinheiro à família, mas que não poderá ser herdada por nenhuma das filhas por elas serem mulheres. Daí vem uma grande preocupação da mãe delas em ver suas filhas casadas.

A cidade pequena - e fictícia - Meryton fica agitada com a chegada do Sr. Bingley, um solteiro que muitas mães querem como genro por ele tem uma boa condição econômica. O Sr. Bingley fica muito interessado em Jane e vice-versa. Junto com ele vem suas duas irmãs, seu cunhado e um amigo, o Sr. Darcy.

- Acredito que haja em toda personalidade uma tendência a algum mal em particular, um defeito natural, que nem mesmo a melhor educação pode superar.
- E o seu defeito é uma propensão a odiar todo mundo.
- E o seu é deliberadamente compreender mal as pessoas - ele replicou com um sorriso. 

O Sr. Darcy não é tão bonito quanto o Sr. Bingley, mas muito mais rico. Ele parece ser extremamente orgulhoso e arrogante, além de tratar as pessoas de forma hostil, como se elas fossem inferiores. Depois de perceber isso e de ouvir o Sr. Darcy falando dela, Elizabeth acaba não gostando dele - assim como a cidade inteira. Todas as vezes nas quais eles se encontram, ela faz comentários sarcásticos e irônicos.

Para o Sr. Darcy, a informação foi bem-vinda - Elizabeth ficara em Netherfield tempo o bastante. A moça o atraía mais do que ele gostaria. [...] Sabiamente, resolveu tomar muito cuidado para nenhum sinal de admiração lhe escapar. 

As coisas começam a ir mal quando, apesar de parecer que o Sr. Bingley pediria a mão de Jane em casamento, ele vai embora da cidade. Entre viagens de Jane e Elizabeth, as irmãs mais novas Kitty e Lydia, apoiadas pela mãe, procuram maridos desesperadamente entre os oficiais acampados em Meryton. Ao mesmo tempo em que Elizabeth acaba encontrando Sr. Darcy na casa de amigos e percebe que ele tem mudado as próprias atitudes. 


A narrativa é feita em terceira pessoa e, geralmente, acompanha Elizabeth, mas também mostra outros personagens. Os capítulos são curtos, mas a estrutura da obra é diferente, feito por mais diálogos do que narrativa em si e sem passagens grandes de tempo. A escrita é mais rebuscada dos livros que estou acostumada a ler, mas isso traz uma sensação totalmente nova e nos insere no ambiente no qual a história é contada. Na verdade, é maravilhoso poder ver um romance ambientado no início do século XIX por uma pessoa que realmente viveu nessa época e que tinha uma visão crítica - e irônica - sobre ela.

Temos uma grande quantidade de personagens na obra, todos bem construídos. Os personagens que mais me chamaram atenção - de forma positiva ou negativa - foram: o Sr. Collins, que é o homem mais puxa-saco que já vi na vida; Lydia, que eu quis estrangular do início ao fim do livro e os dois homens que parecem ser algo, mas na verdade não são: Wickham e Mr. Darcy. Este último, cresceu muito durante a narrativa e roubou meu coração . Também devo falar sobre o Sr. Bennet, pai de Elizabeth, que assim como Jane, era o porto seguro de Lizzie e, apesar de um tanto ausente na criação das filhas, é um dos personagens que não segue as hipocrisias e a falsa moral da época, como, por exemplo, quando apoia uma de suas filhas a não se casar.




Antes de ler a obra, eu sempre me perguntava como um romance poderia ter o título "Orgulho e Preconceito", mas confesso que combina muito com a obra! O Sr. Darcy é extremamente orgulhoso e desdenha daqueles que pensa terem um menor intelecto, já Elizabeth, como o próprio Darcy diz, compreende mal as pessoas.

Dá pra entender o fascínio geral que essa Orgulho e Preconceito traz há séculos. Esse livro é com certeza um dos meus favoritos da vida! Quando mais nova, eu acredito que li uma adaptação mais simples, com pouquíssimas páginas, mas nada se compara a ler o livro original! A tradução da Giz Editorial está ótima, assim como o tratamento em geral que eles deram ao livro. Essa capa me conquistou! Acredito que todos que gostam de Orgulho e Preconceito merecem ter essa versão e aqueles que ainda não leram, estão esperando o que? Beijos


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7 comentários:

  1. Oi Roberta, a escrita rebuscada é o que me deixa incerta de ler esse livro apesar de querer, eu assisti a vários filmes e séries de Jane Austen e gostei de todos, mas temo não me adaptar a escrita mais antiga dos livros e não conseguir me prender na história. Mas curti a resenha e até me animei um pouco pra ler *__*

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  2. Orgulho e Preconceito é o clássico dos clássicos. Uma ótima pedida pra começar a ler Jane Austen, porque não há ninguém que crie mundos tão factíveis e personagens tão bem construídos como ela. Depois de ler Jane, a gente fica se perguntando mesmo prq a vida não pode ser igual ao livros.
    Gostei muito da sua resenha e as fotos do post ficaram lindas. E a edição está um primor, tenho um sonho antigo de colecionar livros de Jane Austen e está edição, com certeza, entrou pra minha listinha.
    Esperando por mais livros assim :*

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  3. Oi Roberta eu ainda nao li esse livro da Jane, e te digo que é um dos que mais tenho vontade, tenho outro dela na minha estante, mas não é tão assim que nem esse, a luta pela cultura, educação, a diferença. Adorei a capa.
    Beijinhos

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  4. Oie,
    Adorei a resenha! Nunca li Orgulho e Preconceito? Comecei a me aventurar em romances de época faz pouco tempo. Apesar disso já vi o filme e me apaixonei!! Gostei também de Orgulho, preconceito e zumbis, que é uma releitura bem legal! Um dia ainda vou ler esse livro!
    Beijos
    Blog Relicário de Papel

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  5. Ola´
    Muito legal sua resenha, eu ainda não li nada da autora mas morro de vontade porém to tomando coragem pois é uma linguagem bem intensa hehe. ótimo saber que vale a pena a leitura

    beijos
    http://www.prismaliterario.com.br/

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  6. Adorei a diagramação um pouquinho diferenciada! Casa muito bem com a época em que o livro se passa né? Li Orgulho e Preconceito há um tempo, mas tive uma imensa dificuldade em enxergar o propósito da estória. Fora que me incomodou um bocado a Jane levar tanto o caráter negativo das pessoas, acaba deixando a leitura um pouco pesada de absorver

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  7. Olá, Orgulho e Preconceito é um dos meu livros favoritos <3 O jeito com que a narrativa e os protagonista de prende na leitura além de toda a mensagem que a autora passa são ótimos *-*

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