
Título: A Joia (#1 de Cidade Solitária)
Autora: Amy Ewing
Editora: Leya (selo Fantasy)
Lançamento: janeiro/2015
Nota: 5/5 estrelas
Viver com a realeza pode não ser tão nobre e glamuroso quanto parece...
Joias significam riqueza, são sinônimos de encanto. A Joia é a própria realeza. Para garotas como Violet, no entanto, a Joia quer dizer uma vida de servidão.
Violet nasceu e cresceu no Pântano, um dos cinco círculos da Cidade Solitária. Por ser fértil, Violet é especial, tendo sido separada de sua família ainda criança para ser treinada durante anos a fim de servir aos membros da realeza.
Agora, aos dezesseis anos, ela finalmente partirá para a Joia, onde iniciará sua vida como substituta. Mas aos poucos, Violet descobrirá a crueldade por trás de toda a beleza reluzente... E terá que lutar por sua própria sobrevivência.
Quando uma improvável amizade oferece a Violet uma saída que ela jamais achou ser possível, ela irá se agarrar à esperança de uma vida melhor. Mas uma linda e intensa paixão pode colocar tudo em risco...
Olá pessoas!
Trago hoje a resenha de um livro polêmico que me deixou com a cabeça pirada, mas que aconselho vocês a não lerem; ao menos, até a autora lançar o segundo livro, que só está prometido para outubro deste ano. Some o prazo para lançamento em território brasileiro, e vocês terão uma síncope causada pela ansiedade, como eu estou tendo no momento!
É uma obra “polêmica” porque só existem leitores em duas categorias: os que amam e os que odeiam. Dentre os que tiveram uma péssima impressão, indico o Parafraseando Livros, cujas resenhas feitas pela Samara têm o meu completo respeito (e, no geral, temos gostos parecidos, embora nesse caso tenhamos tido o oposto rs).
É uma obra “polêmica” porque só existem leitores em duas categorias: os que amam e os que odeiam. Dentre os que tiveram uma péssima impressão, indico o Parafraseando Livros, cujas resenhas feitas pela Samara têm o meu completo respeito (e, no geral, temos gostos parecidos, embora nesse caso tenhamos tido o oposto rs).
Eu havia prometido a mim mesma que não
leria mais séries que ainda estão sendo escritas. Não digo nem pelo tempo de
lançarem no Brasil – leio em inglês mesmo –, mas pelo autor ainda não ter
escrito. Fico nessa espera maldita, sempre lembrando do livro com o passar dos
meses, pensando no que acontecerá... E 99% das vezes (o 1% de exceção foi o
Rick Riordan), eu me decepciono com a continuação. Parece que o autor não
aguentou a pressão e não conseguiu fazer uma boa sequência, sabe? Senti isso
com “A escolha”, da Kiera Cass, “Toda sua”, da Sylvia Day, “Divergente”, da
Veronica Roth... Enfim, tem uma lista de livros que esperei ansiosa pela
continuação e quebrei a cara -.-'
Mas estou divagando. Vamos voltar ao foco: “A
Joia”, da Amy Ewing, é um mother-fucking de estourar a cabeça. O livro é uma distopia
escrita em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Violet, nossa protagonista.
Infelizmente não tem troca de POVs, o que é uma pena, mas não tira os méritos
da obra.
A autora construiu uma sociedade
interessante, onde as mulheres parecem ser o centro de tudo. Vi algo parecido
em “Joia Negra” da Anne Bishop, mas enquanto esse segundo era realmente pesado,
em “A Joia” as coisas são mais leves – aparentemente. Criou também um traquejo social na
realeza digno de George Martin em “A Guerra dos Tronos”. Estou usando muitas
referências? Está difícil me concentrar em escrever essa resenha, confesso; mas
se deixasse para depois, poderia deixar de apontar coisas que considero
importantes.
A personalidade de Violet, por exemplo. Ela
é muito forte e determinada, e na maior parte do livro eu esquecia que ela
tinha apenas dezesseis anos. Daí, quando ela fazia alguma cagada-master, eu
precisava me lembrar que “ei! Ela tem só dezesseis anos, faz parte!”.
E a autora soube construir isso muito bem:
as dúvidas e indecisões de Violet, a forma dela de agir.... Tudo foi muito
coerente. Até mesmo a liberação das informações essenciais da história foi
extremamente importante para a ordem em que as cenas ocorriam, o que deixou o
final espetacular (do tipo que, inicialmente, não se previa até saber de
determinado fato) e me deixou me remoendo para ler a continuação – ainda não
escrita pela autora, repito.
Temos personagens incríveis, como Lucien, a
“dama de companhia” da Eleitora (que é a, digamos, a rainha), e Annabelle, uma
garotinha muda que é a dama de companhia de Violet. Temos a Duquesa dos Lagos, “dona”
de Violet; Raven, melhor amiga de Violet e que também é uma substituta; e temos
Ash, o garanhão da parada que arremata sem aviso o coração de Violet. Todos são
incríveis, e todos são muito bem apresentados no decorrer do livro, fazendo difícil
que os leitores não se afeiçoem a eles.
Mas nada é perfeito; apesar de eu ter dado
a maior nota ao livro, tenho críticas a fazer (como sempre). Teve fios soltos –
muitos. Daí a esperança de que, em uma continuação, essas informações faltantes
sejam acertadas. Mas já avisei no início que perdi a esperança quanto à continuações,
não? Pois é. Para dar um exemplo, é bem explicado no livro o motivo de
existirem as substitutas – garotas que vão carregar e parir os filhos das
mulheres de sangue real –, mas não explica porque não existe nada parecido com
os homens, ou se sequer foi tentado. Achei um machismo digno de idade média,
onde se culpava a mulher por não engravidar, quando muitas das vezes, a culpa
estava na genética masculina... E dado ao arcabouço médico que a autora criou
na sociedade do livro, esperava, ao menos, uma explicação de que tentativas e
análises haviam sido feitas. Mas enfim...
Tenho a impressão de que não disse nada na
resenha, então, me desculpem. Mas com um livro como esse, fica realmente difícil
me expressar de forma coerente. O que posso fazer é indicar a leitura e, se o
fizerem antes de outubro, saibam que vão ter a mesma ansiedade bizarra que
estou tendo no momento, na espera da continuação ;)
Até logo! o/
Izandra.